porque há quem tenha o que não temos.
É a cidade.
Sempre prestes ao abismo
ou prestes ao maior fogo
sempre prestes à civilidade
ou à maior barbárie.
A culpa é dela.
Passa um carro. Passa um sorriso.
Passa um sonho ruínas de tão antigo.
Se não os temos, nada somos.
Passa um sonho ruínas de tão antigo.
Se não os temos, nada somos.
A cidade tem os cabelos
fatigados de fuligeme um coração que não parece
ser, um coração que zomba.
A culpa é dela.
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