Agradeço largo à batata cozida
que em si guarda tutana vida de
suster nutriência em mim grata!
Por que não é tudo no mundo
uma maciez boa de batata? E,
sendo firme, também novada no
fogo, vida com maciez de água?
26 de setembro de 2017
21 de setembro de 2017
Ciação
Saber de cór o cio
às cordas da voz
curva o sol
contra a canção
que nasce
e cai
Quando criar
cevar corações
Oh os cornos do som
agarrados à composição!
às cordas da voz
curva o sol
contra a canção
que nasce
e cai
Quando criar
cevar corações
Oh os cornos do som
agarrados à composição!
18 de setembro de 2017
O ser humano culto
Oculto o útero de onde brotou
- mas que olhos! Que manhãs
contra os lodos! Erige pontes
no ar, conexões sem vultos
mil césares mil muitos mui antes!
É um presente astral, todo humano
culto, do caos aos dormentes de
plasma, transidos de insulto.
- mas que olhos! Que manhãs
contra os lodos! Erige pontes
no ar, conexões sem vultos
mil césares mil muitos mui antes!
É um presente astral, todo humano
culto, do caos aos dormentes de
plasma, transidos de insulto.
11 de setembro de 2017
Um Astronauta
Se eu compreendesse a flor que cai
Compreenderia o universo
Pois o Todo está incluso em Tudo
Pois o que pulsa em um pulsa no infinito
E a face de Deus que habita os sóis
Habita os diminutos cristais
Mas a flor que cai não é sua saliva de seiva
Seu sorriso de orvalho
Meus únicos interesses dentro da primavera
Conhecendo completamente sua boca
A partir dos cometas líquidos desse Céu
Eu chegaria a conhecer o universo?
No entanto não saberemos
E parto pro universo que incompleto
Não mais contém você
Compreenderia o universo
Pois o Todo está incluso em Tudo
Pois o que pulsa em um pulsa no infinito
E a face de Deus que habita os sóis
Habita os diminutos cristais
Mas a flor que cai não é sua saliva de seiva
Seu sorriso de orvalho
Meus únicos interesses dentro da primavera
Conhecendo completamente sua boca
A partir dos cometas líquidos desse Céu
Eu chegaria a conhecer o universo?
No entanto não saberemos
E parto pro universo que incompleto
Não mais contém você
5 de setembro de 2017
Discurso no banquete dos exaustos
Assim como a mãe nunca desafina
ao cantar para os filhos sonolentos
o vento do destino não destoa
dos úteis atos aos seus rebentos
"A dor", tal vento soa, "vos ensinará
mais prazer no prazer", tal vento diz.
"Eu poderia gastar todos os lábios
do mundo, meus pulmões, para soprar
o cinza giz que cobre vossos corações.
Mas se eu o fizesse
e lhes soprasse
o que sobrasse...
Nada sobraria"
Bendigo o arrependimento
pois esta é a prova áspera
de que sei o que precisa ser feito
Bendigo a tristeza
pois esta é a prova bélica
de que conheci a beleza
Bendigo a saudade
pois está é a prova ômega
de que vivi de verdade
ao cantar para os filhos sonolentos
o vento do destino não destoa
dos úteis atos aos seus rebentos
"A dor", tal vento soa, "vos ensinará
mais prazer no prazer", tal vento diz.
"Eu poderia gastar todos os lábios
do mundo, meus pulmões, para soprar
o cinza giz que cobre vossos corações.
Mas se eu o fizesse
e lhes soprasse
o que sobrasse...
Nada sobraria"
Bendigo o arrependimento
pois esta é a prova áspera
de que sei o que precisa ser feito
Bendigo a tristeza
pois esta é a prova bélica
de que conheci a beleza
Bendigo a saudade
pois está é a prova ômega
de que vivi de verdade
2 de setembro de 2017
A arquitetura do bocejo
arqueia o som do sol
o tédio a língua o céu
o sono lambe o véu e
a boca circula em atol
o sábio
diante do esperto
o vilão
diante do lerdo
o bom
diante do mau
eu
ante o resto
arqueia o som do sol
o tédio a língua o céu
o sono lambe o véu e
a boca circula em atol
o tédio a língua o céu
o sono lambe o véu e
a boca circula em atol
o sábio
diante do esperto
o vilão
diante do lerdo
o bom
diante do mau
eu
ante o resto
arqueia o som do sol
o tédio a língua o céu
o sono lambe o véu e
a boca circula em atol
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