20 de agosto de 2018

As aves do céu, os lírios do campo

Onde agora se vê caos
pode ser que adiante
se veja a harmonia
de Deus, o efeito
de mãos grandes
prenhes de enredo
tecer depois
novos antes

Onde agora se vê seca
pode ser que adiante
de vazantes se encha
a pureza verdejante
cem poços e mil rios
gerados na profundeza
da nuvem mais hostil
da terra mais distante

Onde agora nada se vê
pode ser que não se veja
por ser tudo iluminado
em luz de inédita colheita
gestando no útero
do aparente breu
auríferos céus
para um sol
de nova beleza

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