Há uma criança de olhos calmos
quando a paz consente em mim.
Ela vem me ver sempre que pode
com um frutal de palavras boas.
Ela vem me ver sempre que quer
os cabelos por cortar, ondulados
cheiros de pão recém-assado
em casa. Veio se unir a mim
depois que desisti de chamá-la
porém quando ainda a esperava.
Sério seu rosto sorrindo
ela vem de onde o dinheiro
ainda não existia e a vó sim.
Ela sabe de tudo que já esqueci
e tem tudo o que já perdi. Ela
é uma voz de armistício.
O eco de um assovio
muito antigo.
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