O amor muito dá, tudo tira.
Deu-me a areia, o engenho
áspero da fogueira e o mar.
áspero da fogueira e o mar.
Deu-me na espuma o vir ao
lar de sal e a uma nova vida.
Deu-me de não dar, tal vida.
O amor me tirou até
o que eu não tinha.
Pois quando o amor muito dá
é porque logo a falência
tocará sua lira.
O amor e seus olhos. O amor
e sua ira. A boca temporal
que nada diz. Aqui, longe,
que nada diz. Aqui, longe,
porém: estou feliz e melodia.
Mas confesso uma saudade
tempestade de sofrer o vão
onde sou, na ilha.
Pois até isso o amor me levou.
Até a compensação
em haver melancolia.
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