para Michele Marcial
Quando falo a palavra que nomeia
o ser do meu amor, ela se ateia
na minha boca, fruto morno de letra
e sol, de luz, alimento e lenha.
Quando falo essa palavra
que entre todas as palavras nomeia
seu nome em fogo se abre
seu nome em água se embrenha
na floresta do meu peito
com seus cabelos negros
como invade ao campo a cheia
levando
o mistério, o silêncio
trazendo
araras, labaredas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário