Viver sem arrogância
sob a índole das flores
em fluência harmônica
em um lirismo só cores
foi o que quis, ávida
entre lírios enfim feliz
querendo feito verme
viver quente a manhã
das pétalas e dos cheiros
das acerolas e das maçãs
mas não pude - pois que
pra visitar o cerne cheio
dos caules das maçãs
o veio aquoso do sol
mansa amarelada de sol
entre lírios sem arreio
precisava podar os dedos
relvosos dos meus cabelos
como se fossem espinhos!
Que bom minha mão deteve
as lâminas desta sede
de querer podar-me
para poder ser-me.
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