Casei-me com uma fotógrafa campal; casei-me com uma bordadeira campal.
Com ela, quando chove, eu sorrio - porque sei que suas lentes verão o dorso do campo brilhar. Com ela, quando a seca chega, eu também sorrio - porque sei que suas agulhas copiarão o mato quarar amarelo sob o calor do sol.
Os olhos dela dizem ao pássaro para que não voe - pois será fotografado. Depois, os olhos dela dizem ao pássaro para que ele voe - pois será bordado. O pássaro, quase uma folha, obedece seus olhares - também meu coração os obedece e o coração dela aos meus.
Fotógrafa, bordadeira, campal, eu a amo. A boca, um fruto a ser descrito sobre um pano; o sorriso, as pequenas primeiras flores de uma fotografia primavera.
Muito menos que isso, mas sempre grande quando no seu poema
ResponderExcluirVocê mesma já é um poema, meu bem. Eu te amo.
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