Senhor: porque as fibras
dos meus braços eram ruínas
eu não poderia
trabalhar no teu campo.
Via os gomos do mar trigal
relembrava como naus
o seu gosto acre
nos trabalhadores
cantando distantes.
Senhor: porque a alegria
em mim desmanchava-se
fuligens e palha
eu não poderia
cantar no teu campo.
Mas recriaste em mim
com as fibras do dia
novas mãos
novo trabalho
novo campo
e nova garganta
com as fibras do dia
para novo canto.
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