Quando um relâmpago vem à planície
de mato ocre e seco que há no coração
- e nela o raio abre as pétalas das chamas
brotando crepitar fúria e medo no dentro
do seu chão - há quem fuja contra o vento
correndo, correndo para o fogo lhe alcançar
ignorando que a justiça ígnea corre mais
que o homem, e que é grande o seu lagar.
Quando um relâmpago vem à planície
trazer sua justiça sobre a terra - e quando
o fogo alastra rítmico sua pureza sem ilhas
e com luz nas crinas, tudo janelas - alcançai
o chão preto que o calor fez do outrora mato!
Pois o fogo não tornará a queimar
os que estão em solo já queimado.
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