Essa erva crescendo nas vigas sulcadas
do ódio amargo destes tempos inglórios
- e esta ferrugem nessa faca
a romper as fibras do córdis.
Meu Pai, como amar meu inimigo?
Como amar esse imenso domingo
que devora o descanso de outrora?
As vigas apodrecidas são meu corpo
a suster meu amor frágil de pecador.
E a faca é esta vida, contida no bojo
do antigo nojo que corta o que sou.
Mensageiro, meu irmão: pegue
a tua trombeta e anuncie a ode
que meus inimigos aguardam...
Que eles rodeiem as muralhas
e que riam, porque me rendo.
Pai, oh prece de incenso,
como amar meu inimigo?
Entregando-me sozinho?
Não.
Entregando-me contigo
como Teu Filho
a nós Se entregou.
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