Quem rumina a existência alheia
de observá-la diariamente no pasto
não liga para quem montado o arreia
e dobra-lhe, gordo, alheio, de quatro.
Quem rumina a existência alheia
sacia-se em observar o seu alvo
e dos erros vizinhos faz uma ceia
enquanto baba sobre o campo calvo.
Quem rumina a existência alheia
o faz por ser este o consolo cansado
do que vê a bela campina como feia
e no feio destino do ruminar um fato.