Pai, quando os homens ergueram-me
ao pódio ornado de ouro e arrogância
(mesmo eu amando esse vil fermento
e essa nojenta dança) estavas comigo.
Pai, quando à coluna esguia do escárnio
acorrentaram-me, rasgando meus lábios
(mesmo que eu merecesse um alto juízo
ainda maior e mais frio) estavas comigo.
Pai, e quando o tutano nucleico da fé
deu meu olhar para a única luz que É
(mesmo no breu severo do meu peito
sem abrigos e leitos) estavas comigo.
Nem sempre estar presente eu consigo
(porque pensar muito na segunda faz
com que não vivamos o domingo) mas
Você, Pai, para sempre fizeste-me filho!
E por Graça e Amor sempre estás comigo.
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