O cansaço que tenho destes volumes de pó.
Fazei chover, Senhor.
Fazei chover sobre este cansaço.
E sobre o mundo, fazei chover.
Desmantelai os tijolos que os homens ergueram para tentar cobrir Vossa face.
Limpai do coração carbônico dos homens esta vergonha erigida em templos.
Fazei chover, Senhor, sobre nós a tristeza que só o amor perfeito tem.
Limpai a pele suja daqueles que os espelhos refletem limpos.
Limpai da terra os templos erguidos, fazei tombar a pompa dos tronos.
Limpai de mim, Pai, este ódio que por eles sinto.
Fazei chover, Senhor, adormecei sob águas este calor falso.
Alimentai de água o lodo que comerá nossas obras.
O frescor nas reentrâncias do navio que será necessário.
Fazei chover, Senhor, mansamente limpai.
O cansaço que tenho de todas as coisas que não são Você.
Fazei chover, Senhor.
Fazei chover, Senhor.
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