Das artes, a dança é a única que só existe no agora.
É a única arte túnica, que voa no vento.
Mesmo a música, tão ao vivo, é suas partituras.
Mesmo o teatro é a sua literatura.
Mas a dança é a escultura do corpo vivo.
A dança é a arquitetura do corpo vivo.
O poema em suor e ossos.
A dança é síncrona, sempre.
Talvez a que menos se assemelhe às outras
em ser afeita aos museus.
Acho a dança o contrário do museu.
O museu é túnica que guarda para revelar.
A dança é túnica que revela para guardar.
Ambos se movem, é verdade, sob os olhos.
Mas só a dança é levada pelo vento.
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