"Bebe água da tua fonte, e das correntes do teu poço." - Provérbios 5:15
A mim foi dada uma fonte de olhos calmos
sobre a qual, nas noites quentes, há estrelas.
Elas ecoam nas águas o frescor de um salmo
enquanto o vento abre o cheiro das gardênias.
Vede, viajantes, que por este bosque passem
(e que por acaso no colo do verde descansem)
como nosso amor reverbera lagos e folhagens
para hidratar em mim o que era deserto antes.
Vede, camponesas, que nela buscai conselhos
(buscando ser também receptáculos de ternura)
como são puras nela as úmidas letras do tempo
e sábia é a sua arquitetura. Vede que essa fonte
é a minha esposa, amada eleita, saciedade dada
por Deus, que selou a Sua Água em nossa fronte.
30 de dezembro de 2019
24 de dezembro de 2019
Presente de natal
Eis que me semeei no árido destes campos
e quis colher do meu suor algo santo
para presentear o meu Senhor.
Das nuvens
esperei o pranto que os hinos justifica
e do vento vir o aroma da baunilha
para embrulhar com ele o meu amor.
No entanto, vede
que o meu Senhor existe desde sempre!
Fez os campos, o verde, os dentes
que rompem o núcleo dos frutos
e o próprio amor.
Qual presente
posso dar ao Senhor?
O Senhor existe desde sempre.
Mas escolheu nascer aqui
e conosco tem vivido.
Nada posso dar
mas o meu presente
é Ele ter nascido.
e quis colher do meu suor algo santo
para presentear o meu Senhor.
Das nuvens
esperei o pranto que os hinos justifica
e do vento vir o aroma da baunilha
para embrulhar com ele o meu amor.
No entanto, vede
que o meu Senhor existe desde sempre!
Fez os campos, o verde, os dentes
que rompem o núcleo dos frutos
e o próprio amor.
Qual presente
posso dar ao Senhor?
O Senhor existe desde sempre.
Mas escolheu nascer aqui
e conosco tem vivido.
Nada posso dar
mas o meu presente
é Ele ter nascido.
7 de dezembro de 2019
Um rei velho
"A minha alma bastante tempo habitou com os que detestam a paz." - Salmos 120:6
Eis a nenhuma justiça dos meus dias
eis a noite que rememora meus erros.
Eis os heróis de outrora, torres, vilas
que queimei para gozo do meu desejo
e eis o mar, campo que venci, sal, ilha.
Eis a nenhuma justiça dos meus dias e
eis o sangue espesso entre meus dedos.
Quem poderá limpar-me de mim? Quem
lava com azeite novo o arrependimento?
Volto meus olhos para as nuvens. Dali
vem a água que jorra dentro, dali vem
o Justo que justifica: eis a chuva limpa
vinda do reino que há sobre o meu reino.
Eis a nenhuma justiça dos meus dias
eis a noite que rememora meus erros.
Eis os heróis de outrora, torres, vilas
que queimei para gozo do meu desejo
e eis o mar, campo que venci, sal, ilha.
Eis a nenhuma justiça dos meus dias e
eis o sangue espesso entre meus dedos.
Quem poderá limpar-me de mim? Quem
lava com azeite novo o arrependimento?
Volto meus olhos para as nuvens. Dali
vem a água que jorra dentro, dali vem
o Justo que justifica: eis a chuva limpa
vinda do reino que há sobre o meu reino.
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