para Michele Marcial
Na pobreza e na riqueza.
Como diziam os antigos.
Na saúde e na doença.
Na abundância
de abril ou no frio
de maio
azul em verde beleza.
Na loucura de julho
e caso seja
louco o nosso futuro
também na descrença.
Na miséria e no tumulto.
Na luta e no luto. Sob açoites
e atrás dos muros. Em ares
de vivos risos ou em mares
de choro oculto.
Até que a morte nos separe
amor
até que rasguem
dos nossos corpos o núcleo
que canta, coração, fonte
de todo orgulho. Até
o túmulo
te amarei, amor, até
e além, muito além.
Isto juro.