Feliz o que contempla em sua própria tristeza
aquilo que a árvore contempla em seu inverno
o seu cálice de descanso, de paciência
e de contemplação.
A alegria é boa e cálida mas quem quiser
viver somente nela
se verá como um animal de cio infinito
insaciável, histérico, ansioso.
É preciso saber o frio
para que o fogo seja bom.
É preciso saber a fome
para que o pão seja de prazer.
Feliz o que contempla em sua própria tristeza
aquilo que o dia contempla em sua noite
o seu cálice de descanso, de paciência
e de contemplação.
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