No Reino do Indescritível
com sua aljava de palavras
eis o poeta e eis o cervo
eis as setas, o arco, a caçada
Não persegue por esporte
o poeta ao tropel de patas
persegue por fome e medo
de morrer sem caçar nada
No Reino do Indescritível
com seus risos de batalha
eis o poeta e o poema, cervo
alimento, troféu, galhadas
Os chifres cortam o vento
e este vento corta a mata
atrás o nenhum guerreiro
ofegante poeta erguendo
a sua língua de espada
Nenhum comentário:
Postar um comentário